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Cultivo de Camarões
15 de Junho de 2021 Jéssica Brol
Toxicidade do nitrato no cultivo intensivo de camarão marinho

Um dos princípios do sistema de bioflocos é a troca mínima de água. Com isso, alguns compostos menos tóxicos, a exemplo do nitrato, tendem a se acumular no sistema e por serem menos tóxicos do que amônia e nitrito, por exemplo, muitas vezes tem o monitoramento negligenciado pelos produtores.

O nitrato é o produto final da nitrificação realizada pelas bactérias nitrificantes que compõe o sistema de bioflocos. Nesse processo, a amônia é oxidada em nitrito e posteriormente o nitrito é oxidado a nitrato.

Se esses sistemas forem projetados e implementados de forma adequada, os compostos nitrogenados podem ser mantidos em níveis aceitáveis ​​para o cultivo de camarões. No entanto, com troca zero de água ou tratamento inadequado, os níveis de nitrato podem ultrapassar 450 mg/L, conforme relatado em alguns trabalhos com sistema de bioflocos.

Assim, pensando no aprimoramento das técnicas de cultivo de camarões em sistemas superintensivos sem renovação de água, pesquisadores da Estação Marinha de Aquacultura da FURG, em Rio Grande/RS, fizeram um experimento para testar os efeitos crônicos do nitrato no cultivo do camarão marinho Litopenaeus vannamei.

Quatro concentrações de nitrato foram testadas, sendo elas  75; 150; 300; e 600 mg/L. A salinidade foi mantida em 23 e os animais com peso inicial médio de 1,3 g foram cultivados nessas condições por 42 dias.

Entre os principais resultados do trabalho os pesquisadores observaram uma diferença significativa no desempenho zootécnico, com melhor sobrevivência no tratamento controle (75 mg/L de nitrato) com 100% de sobrevivência, seguido dos tratamentos 150, 300 e 600 mg/L com sobrevivência média respectivamente de 86,7%, 76,86% e 71%.

O ganho de peso também foi afetado, os camarões cultivados na condição de 300 e 600 mg/L de nitrato tiveram o pior desempenho, com ganho de peso de 3,58 g  e 2,62 g respectivamente,  em comparação a 4,76 g e 4,67 g dos tratamentos controle e de 150 mg/L de nitrato.

Também foi observado um dano nas brânquias e hepatopâncreas dos camarões cultivados nas maiores concentrações de nitrato (300 e 600 mg/L).

O trabalho completo você encontra na Aquaculture international, clique aqui para acessar.

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