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Cultivo de Peixes
27 de Abril de 2021 Jéssica Brol
Projeto de cooperação científica busca validar protocolos de produção de juvenis de tilápia e pacu em sistema bioflocos

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e a Itaipu Binacional assinaram um acordo para desenvolver um projeto de cooperação científica que irá validar protocolos de produção de juvenis de tilápia e pacu em sistema bioflocos (BFT – do termo em inglês Biofloc Technology). A Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped) também integra o acordo e vai participar no gerenciamento dos recursos.

O projeto terá duração de quatro anos e um aporte de mais de R$ 2 milhões, com atividades de campo prioritariamente desenvolvidas na área de abrangência do reservatório da Itaipu, no estado do Paraná. O objetivo fundamental da Itaipu, principal financiadora das pesquisas, é agregar tecnologias sustentáveis à atividade aquícola na região para melhorar os índices de qualidade da água do sistema produtivo de peixes e garantir a produtividade em longo prazo.

O Oeste do Paraná, onde a Itaipu está inserida, possui uma destacada vocação para a piscicultura. Segundo dados do anuário 2020 da Peixe BR, o Paraná é o estado líder na produção nacional de peixes de cultivo, com 172 mil toneladas, sendo que desse total, 166 mil toneladas é de tilápias.

“A Itaipu tem como missão promover a sustentabilidade do território e a atividade aquícola é uma das grandes vocações econômicas da região. Com o sistema de bioflocos, a empresa contribui com a diminuição dos impactos ambientais dessa atividade, assegurando a qualidade e a quantidade da água no longo prazo. E isso tem reflexos positivos para os usos múltiplos do reservatório, que vão além da geração de energia”, afirmou Ariel Scheffer da Silva, superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu.

O projeto é um desdobramento de um acordo técnico anterior, celebrado entre a Itaipu e a Embrapa no ano de 2019, que, por meio de ensaios com a tecnologia de bioflocos, apresentou resultados importantes e gerou um grande intercâmbio de informações técnicas e econômicas acerca do sistema BFT.

Conforme explica Hamilton Hisano, pesquisador da Embrapa responsável técnico pelo projeto, uma parte das atividades da proposta atual é complementar aos experimentos executados e coordenados pela Embrapa, e será validada em escala comercial. O projeto como um todo foi pensado para atender o setor produtivo de acordo com alguns objetivos da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU e gerar tecnologias e protocolos viáveis do ponto de vista socioeconômico e ambiental, e prontamente aplicáveis pelos piscicultores.

Outro eixo importante são as atividades de transferência de tecnologia com ações diretas para a cadeia produtiva da piscicultura, principalmente nos estados do Paraná e de São Paulo. “A expectativa do projeto é gerar informações com um nível de maturidade tecnológica maior para a tilápia e um pouco menor para o pacu, uma vez que, para essa espécie nativa, estudos no sistema BFT ainda estão em fase inicial,” disse.

A proposta tem forte viés de transferência de tecnologia. Há previsão da realização de workshops, dias de campo, além de capacitações técnicas na modalidade de ensino a distância (EAD), visando disseminar novos conhecimentos para os produtores.

Fonte: Embrapa

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