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Cultivo de Camarões
22 de Março de 2021 Jéssica Brol
Estratégia para as baixas temperaturas no cultivo de camarões em BFT pode trazer economia nos custos com alimentação

A produção de Litopenaeus vannamei em sistemas de bioflocos vem crescendo no Brasil, em especial nas regiões Sul e Sudeste. Contudo, um fator limitante nestas regiões é a temperatura, que costuma ser baixa durante o outono e o inverno e, consequentemente, os camarões diminuem o consumo de alimento, resultando em uma taxa de crescimento abaixo do esperado.

Diante disso, um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Rio Grande (FURG), no Rio Grande do Sul, avaliou o crescimento compensatório do camarão branco do Pacífico cultivado sob restrição alimentar parcial em diferentes temperaturas e posteriormente, submetidos à alimentação e temperatura ideais para a espécie.

O crescimento compensatório é um excelente aliado da produção animal, uma vez que é um processo fisiológico onde o organismo ganha peso de forma bastante rápida após um período em que passou por um evento de estresse, como por exemplo, baixa disponibilidade de alimento.

Assim, o grupo testou uma restrição de 60 % de ração por um período de 35 dias. Outro grupo foi mantido nas mesmas condições de temperatura (20, 24 e 28 °C) e alimentados com 100 % de ração. Ao final desse período houve o reestabelecimento da ração, e todos os tratamentos passaram para a temperatura de 28 °C e taxa de alimentação de 100 % a fim de verificar um possível efeito do crescimento compensatório. Os animais foram mantidos nesta segunda fase por 28 dias.

Entre os resultados parciais do estudo, o grupo constatou que ao final da fase de restrição alimentar os animais que receberam menor taxa de ração em 24 °C e 28 °C apresentaram peso final significativamente menor ao seu respectivo controle, que recebeu 100 % da alimentação. Além disso, o crescimento dos camarões nas temperaturas mais baixas (20 e 24 °C) foi significativamente menor do que os cultivados em 28 °C, contudo, a sobrevivência não foi afetada.

Adicionalmente, ao final da segunda fase (recuperação), onde todos os camarões passaram para as condições favoráveis, os pesos dos animais que estavam sob restrição alimentar na primeira fase, não apresentaram diferenças significativas em comparação ao seu respectivo controle, indicando que a compensação total ocorreu através da alimentação.  Em relação a temperatura, os camarões mantidos a 20 °C e 24 °C na primeira fase, não alcançaram o peso do grupo controle (28 °C) ao final do período de recuperação.  No entanto, apresentaram uma maior eficiência alimentar (menor conversão alimentar), indicando um crescimento compensatório parcial.

Com base nos resultados, foi possível concluir que o período de restrição alimentar nessas condições de baixa temperatura e em sistema de bioflocos pode ser uma ferramenta importante ao produtor, sendo possível reduzir a quantidade de ração oferecida durante o período de baixo crescimento em função da temperatura, para reduzir os custos com alimentação e sem danos na sobrevivência.

ReferênciaPrates, E; Holanda, M and Wasielesky, W. (2020). Evaluating compensatory growth in Pacific white shrimp in a biofloc system. Global Aquaculture Advocate.

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Charge Edição nº Publicado em 18/09/2023
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