Em Brasília, na ultima Quarta-Feira (18/11), o Ibama esteve presente no Workshop de Peixes Ornamentais, que aconteceu no auditório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A ideia foi debater, em uma roda de perguntas e respostas, sobre avanços na política de controle ambiental da importação de peixes considerados animais de estimação.
Os peixes ornamentais ocupam o 4º lugar no ranking da população de pets no Brasil. Para se ter uma ideia, entre 2019 e 2021 o número de criadores de peixes de estimação cresceu 30% no País. De acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), existem 18 milhões de peixes ornamentais no território nacional e 655,8 milhões em todo o Mundo.
Desde 2018 técnicos do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente vêm em parceria com pesquisadores de universidades e de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolvendo protocolos para avaliação do potencial invasor de espécies exóticas, ou seja, advindas de outros países. Em 2020, no âmbito do Projeto GEF Pró-Espécies, foi consolidado o protocolo que hoje é utilizado pelo órgão para avaliação de processos de importação de novas espécies.
“Esse é um protocolo importante, pois o Ibama ao utilizá-lo analisa a viabilidade de introduzir no Brasil espécies de fora do país, sem que o habitat e as populações dos que aqui existem seja comprometido”, esclareceu Rafael Macêdo, coordenador-geral da DBFlo.
Além disso, a participação do Instituto em eventos como este é o de trazer transparência sobre os critérios técnicos relacionados à importação, ouvindo-se contribuições do setor, pesquisadores de renome e do ordenador dos recursos pesqueiros (Mapa), a fim de sempre que possível aprimorar os procedimentos adotados pelo órgão de controle ambiental.
Felipe Weber, assessor técnico da Associação Brasileira de Lojas de Aquariofilia (Abla), comenta sobre o desafio técnico de se estabelecer critérios técnicos para análise de importações: "É extremamente importante que haja publicidade com relação às espécies permitidas para importação"
Para o professor e doutor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Leopoldo Barreto, é importante estudar outros critérios ao nível do ordenamento: "Trazer para o Brasil matrizes de espécies notadamente presentes na aquicultura brasileira não reflete em riscos. O desafio é o controle interno e rastreio", diz Barreto.
O encontro refletiu a relevância de se monitorar as importações e exportações dessa categoria de peixes, que representa um dos grandes vetores da biodiversidade mundial: “Foi uma conversa fundamental, importante para desenvolver melhoramentos de fato eficientes a fim conter o avanço de invasões ecológicas”, diz Almir Cunico, docente da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Ao final do evento, um documento com sugestões para o aprimoramento da gestão do comércio exterior e demais assuntos sobre a cultura dos peixes ornamentais será produzido pelos pesquisadores e encaminhado formalmente ao Mapa e ao Ibama.
Fonte: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Veja também:
Peixes ornamentais no Brasil - mercado, legislação, sistemas de produção e sanidade
Preencha todos os campos obrigatórios.
No momento não conseguimos enviar seu e-mail, você pode mandar mensagem diretamente para contato@aquaculturebrasil.com.
Contato enviado com sucesso, em breve retornamos.
Preencha todos os campos obrigatórios.
Preencha todos os campos obrigatórios.
Você será redirecionado em alguns segundos!