De acordo com os dados publicados pelo Anuário Peixe BR da Piscicultura Brasileira em 2021, apesar dos efeitos da pandemia no mercado internacional de pescado, as exportações da piscicultura brasileira apresentaram aumento de 8% em peso em 2020 em comparação com o ano anterior.

A exportação passou de 6.201 t para 6.680 toneladas. Esse aumento é inferior ao registrado em 2019 (26%), porém, de acordo com a Peixe BR esse resultado reflete uma tendência consolidada nos últimos anos de crescimento das vendas para o exterior. O faturamento total cresceu 4,4% e atingiu US$ 11,7 milhões.

Entre os principais destinos, destaque para a exportação de tilápia para os Estados Unidos (EUA). A tilápia é um dos peixes mais consumidos pelos norte-americanos e ganha cada vez mais espaço na mesa desse exigente consumidor. Em 2020 o país foi o principal destino da tilápia brasileira, absorvendo 58% do total exportado.

Em seguida, temos Chile (13%), China (8%), Japão (5%) e Taiwan (4%) entre os principais destino da tilápia produzida no Brasil, de acordo com os dados do anuário.

As exportações de tilápia são compostas por diferentes categorias de produtos. Em 2020, a categoria dos filés de tilápia frescos ou refrigerados foi a mais importante, totalizando US$ 5,2 milhões e representando 51,03% do total. Os óleos e gorduras e os subprodutos impróprios para alimentação humana (que incluem peles e escamas) foram a segunda e terceira categorias com 20,56% e 14,50%, respectivamente.

O anuário detalha ainda o preço médio praticado, do filé de tilápia fresco – principal produto exportado pelo Brasil – o qual apresentou pequena queda, passando de US$ 6,72 (2019) para US$ 6,43 (2020). Os filés congelados, apresentaram forte aumento, passando de US$ 2,69 para US$ 4,49 e a tilápia inteira fresca também sofreu aumento nos preços, passando de US$ 2,17 (2019) para US$ 3,60 (2020).

Lembrando que desde o final de 2017 o Brasil está proibido de exportar peixes para a União Europeia após auditoria dos europeus no Brasil, ocorrida em setembro daquele ano, decorrente de não conformidade em barcos de pesca.

Tal medida afetou não somente o pescado proveniente da pesca, mas também da aquicultura, que segundo a Peixe BR, sempre esteve em conformidade e foi prejudicada por tal decisão.

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