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Aquicultura de Precisão
02 de Janeiro de 2017 Eduardo Sanches Gomes
Incrustações Biológicas

Ainda contando sobre minha visita à AquaSur (uma das maiores feiras de aquicultura do Mundo) fiquei empolgado com os avanços tecnológicos que estão sendo desenvolvidos para enfrentar um dos maiores desafios dos cultivos no mar: as incrustações biológicas. Esta é a denominação que recebem todos aqueles inúmeros organismos animais e vegetais que se fixam nas estruturas de produção. Particularmente, na piscicultura marinha o acúmulo destas incrustações diminui a circulação de água no interior dos tanques- rede, reduzindo os teores de oxigênio dissolvido, além de elevar a ocorrência de patologias nos peixes.

A limpeza das panagens demanda tempo e mão-de-obra, além desta operação aumentar o risco de fuga dos peixes. Por outro lado, panagens com elevada quantidade de incrustantes ficam mais pesadas, correndo o risco de rompimento e fuga de todo o lote que está sendo produzido. Meus estudos comprovaram que isto pode representar até 30% do custo da produção. Aqui no Brasil ainda estamos sofrendo com esta problemática, recorrendo a trocas periódicas e lavagem das panagens com jateamento de água. Nossas pesquisas têm buscado novos materiais que sejam mais eficientes em reduzir a velocidade de fixação das incrustações biológicas (como o nylon monofilamento que, desde 2007, utilizamos aqui no Instituto de Pesca, em Ubatuba/ SP). Alguns produtores têm experimentado panagens com produtos anti-incrustantes, entretanto o problema das trocas e lavagens periódicas permanece, acarretando em manejos complicados e elevado risco de fugas e prejuízos. Estamos no início de uma nova pesquisa sobre um material que pode revolucionar tudo isto, mas ainda é cedo para adiantar algum resultado.

 

 

Enquanto isto, o que nossos amigos chilenos estão fazendo? Tive contato com uma empresa que utiliza de uma tecnologia robótica (uma espécie de mini submarino, similar ao que abordei na coluna da edição anterior). O equipamento avalia a quantidade das incrustações biológicas nas panagens e realiza a sua lavagem submersa, resolvendo o problema sem necessidade de troca da panagem e evitando manejos desnecessários com os animais. Todo o processo é operado da superfície por meio de câmeras, e os resultados são surpreendentes, reduzindo custos e melhorando a produtividade. Embora os custos ainda sejam proibitivos para pequenos produtores, acredito que grupos de criadores organizados poderiam se beneficiar por ocasião da adoção desta tecnologia.

Na próxima coluna vou contar sobre outra tecnologia que conheci e que pode simplificar muito o trabalho na produção de peixes. Começo a achar que em breve quem vai escrever esta coluna serão os robôs…

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