Cultivo de peixes e camarões em andares, mais precisamente em 8 andares! Essa é a proposta da Apollo Aquaculture Group, que está construindo a maior fazenda vertical para produção de peixes e camarões em Cingapura, no sudoeste Asiático.

Com o empreendimento a empresa espera produzir anualmente até 3 mil toneladas de garoupa, truta e camarão marinho. Dispondo de uma instalação de alta tecnologia, a produção promete ter uma eficiência de até seis vezes mais do que a aquicultura tradicional praticada no sudeste asiático.

Por ser uma ilha, um pouco maior do que a capital catarinense, Florianópolis, a pequena cidade-estado atualmente importa 90 % dos alimentos que consome. Pensando nisso e aliada as consequências da crise provocada pela pandemia da Covid-19, a empresa junta-se ao plano para aumentar a segurança alimentar de Cingapura, cuja meta é produzir 30 % de suas necessidades nutricionais de forma local até 2030.

“Somos um país muito pequeno e é muito difícil garantir terras. Então,  ao invés de construir e expandir horizontalmente, por que não expandir verticalmente?” comenta o porta voz da empresa, Crono Lee.

Uma vez que o nível de investimento na nova fazenda é superior ao das fazendas tradicionais, o valor final do produto também é maior. Um pacote de 150 gramas de filé de garoupa produzido pela empresa custará ao cliente cerca de US $ 12 , quase o dobro do preço de uma garoupa vermelha congelada vendida nas mercearias de Cingapura.

Fundada em 1969, a Apollo já tem tradição na aquicultura asiática, apesar de tradicionalmente produzir peixes ornamentais, em 2009 começou a produzir peixes para consumo em uma fazenda vertical de três andares que está em operação há quase uma década e produz cerca de 200 toneladas de peixes por ano.

Fonte: Hakai magazine