Fevereiro começou bem para a aquicultura nacional. O artigo intitulado “Aquaculture in Brazil: past, present and future” foi publicado por pesquisadores brasileiros¹ no periódico Aquaculture Reports e está disponível como “open access”, ou seja, é aberto para todos que desejam acessar. O artigo apresenta diversos dados compilados e serve como base não só para a academia, mas para os gestores públicos e até mesmo para o setor empresarial.
O artigo aborda com detalhes o início da aquicultura no Brasil, a qual ocorreu em meados do século 17 na região Nordeste do país. Vale a pena conferir esse resgate! Como atividade profissional, no entanto, a aquicultura brasileira não tem tanta experiência assim, apenas meio século de existência.
Quanto a condição atual, o artigo traz os diferentes sistemas de cultivo, as diversas espécies cultivadas (peixes, camarões, rãs, moluscos, outros invertebrados e algas) e as formas de produção. Fica até difícil destacar algum ponto desta seção, mas dos 5.570 municípios brasileiros, 4.198 possuem relato de algum tipo de produção aquícola, segundo dados levantados pelos autores junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a tilápia, claro, figura como o peixe mais produzido no Brasil.
Ainda, os autores salientam que, apesar de a aquicultura estar fortalecida como atividade econômica para diversos produtores, a aquicultura de subsistência ainda se mantém no País, em especial com base nas carpas, grupo de peixes que faz pouco ou nenhum uso de insumos. Essa produção nem sempre é incluída na estatística e, portanto, pode ficar “invisível” aos olhos da academia, indústria e dos tomadores de decisão, responsáveis pelas políticas públicas do País.
A aquicultura nacional predomina em água doce, com mais de 200 mil fazendas de peixes. Já a produção de camarão marinho ocorre em aproximadamente 3000 fazendas. E a pergunta levantada em muitas das lives da Aquaculture Brasil, quantas são as instituições de pesquisa e desenvolvimento em aquicultura no País? Cerca de 100.
Para finalizar, aproximadamente 20% de todo o pescado consumido no Brasil é importado! Ou seja, há um déficit grande nessa balança e não é porque exportamos a maior parte do que produzimos... aliás, esse valor, apesar de estar crescendo ainda é incipiente. Há muito ainda para se produzir!
Recomendamos a leitura completa do artigo disponível em: sciencedirect.com
Referência:
¹Valenti, W. C., Barros, H. P., Moraes-Valenti, P., Bueno, G. W., & Cavalli, R. O. (2021). Aquaculture in Brazil: past, present and future. Aquaculture Reports, 19, 100611. DOI: 10.1016/j.aqrep.2021.100611
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