Ela revolucionou o tratamento de queimaduras na medicina brasileira, em uma técnica inovadora que, iniciada na Universidade Federal do Ceará, hoje ganha cada vez mais destaque em institutos de pesquisa e hospitais de várias partes do mundo.
A pele da tilápia é, desde 2015, protagonista de um número crescente de investigações científicas, com abordagens que ampliam suas possibilidades de emprego na veterinária, no tratamento de úlceras, em cirurgias de reconstrução vaginal e na redesignação sexual, entre outros. Agora, após oito anos de avanços, os estudos com esse material acabam de garantir a sua primeira patente no Brasil.
O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) deferiu, no mês de outubro, a carta-patente que outorga a titularidade do primeiro processo de beneficiamento da pele da tilápia desenvolvido para aplicações médicas. A concessão pública se refere ao método de preparo e conservação da pele do peixe no glicerol, um conservante que esteriliza o material, deixando-o livre de bactérias.
A patente foi solicitada ao INPI em 2015, ano em que se iniciaram os estudos na fase pré-clínica pelos pesquisadores da UFC e pelo médico Edmar Maciel Lima Júnior, do Instituto Dr. José Frota. As primeiras descobertas foram alcançadas no Núcleo de Pesquisas e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC, sob coordenação do Prof. Odorico de Moraes.
Quando solicitada a patente, as pesquisas com a pele da tilápia trabalhavam em sua aplicação apenas no tratamento de queimaduras de segundo grau e em feridas agudas ou crônicas. Hoje, 337 pesquisadores de diversos países estão envolvidos nos estudos de desenvolvimento de novos produtos com a pele da tilápia. Toda essa rede de investigação, que soma 87 projetos de pesquisa, está sob a coordenação de Edmar Maciel. Além da pele no glicerol, foram desenvolvidas a pele liofilizada, a matriz acelular e a extração de colágeno, produtos para os quais foram solicitadas patentes no Brasil e no exterior.
Fonte: Agência UFC - Universidade Federal do Ceará
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