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Cultivo de Peixes
17 de Janeiro de 2023 Nicanor María Sánchez
Instituto de Pesca de Rio Preto - SP investe mais de R$ 6 milhões em pesquisas

 

 

Para o desenvolvimento em sanidade da piscicultura; Foco é a criação de tilápia, principal espécie cultivada no Noroeste paulista

A mortalidade na criação de tilápias, causada por doenças, é estimada em 15% pelos criadores da espécie no Noroeste paulista, resultando em prejuízos para a produção do peixe. De acordo com os especialistas, o diagnóstico de doenças, as vacinas e o melhoramento genético são ferramentas importantes para contribuir com a tilapicultura, no que diz respeito à sanidade da espécie. Para isso, investimentos em pesquisas do Instituto de Pesca (IP) de Rio Preto e na construção de um laboratório, da ordem de mais de R$ 6 milhões, deverão contribuir com a cadeia produtiva da tilápia, na piscicultura da região.

“Espera-se com este trabalho, o potencial de impacto em viabilizar um pacote tecnológico para impulsionar a cadeia produtiva da tilápia. Na indústria, visando à segurança alimentar, e, além disso, a alta qualidade genética da criação, ao agregar valor e que envolve a sanidade dos peixes”, diz o pesquisador Antônio Fernando Leonardo, do Instituto de Pesca de Rio Preto, órgão ligado a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Leonardo diz que o estudo deve ser direcionado para três linhas de pesquisa. Em uma delas, alinha o desenvolvimento de kits de diagnóstico para doenças de piscicultura (da bactéria francisella e do vírus ISKNV). Estas enfermidades, de acordo com o pesquisador, contribuem com a mortandade de peixes e trazem prejuízos para o produtor de tilápia.Numa segunda área da pesquisa, Leonardo explica que o estudo é direcionado para as vacinas contra essas doenças. “As vacinas são fundamentais para dar melhores condições de vida para as tilápias e sustentabilidade para a criação”, pontua.

Melhoramento genético

Com foco na sanidade das tilápias, uma terceira linha da pesquisa envolve o melhoramento genético. O pesquisador diz que, em seu trabalho com a reprodução de tilápias, é fundamental a seleção dos casais da espécie. “Aqui, no IP, nós temos 6.000 peixes (60 famílias de tilápia). E o foco é ter 120 famílias para estudar a maior variabilidade da espécie, como ganho de peso, resistência às doenças, maior conformidade da carne de filé da tilápia, entre outros aspectos”, conta Leonardo.

Neste trabalho, de seleção genética, o pesquisador destaca que está sendo construído um laboratório, no centro de pesquisas de Rio Preto, para avaliação da reprodução de tilápias e da genética. “O futuro está no melhoramento genético das tilápias”, complementa.

O Centro de Ciência do IP conta, neste projeto, com 18 pesquisadores que possuem doutorado e formação multidisciplinar, além de bolsistas que serão os jovens pesquisadores para os estudos. Leonardo diz ainda que o IP tem parceria com o Centro de Aquicultura da Unesp (Jaboticabal), o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e com a Faculdade de Zootecnia da USP (Pirassununga).

 

 

Mais investimentos em genética

Ramon Amaral é criador de tilápia e sócio-diretor do Grupo Ambar Amaral, frigorífico de Santa Fé do Sul, e conta que a empresa deve expandir os negócios no setor de melhoramento genético. “A pesquisa em genética é muito importante para a criação e à indústria, no que diz respeito ao rendimento de carcaça do peixe, conversão alimentar e tempo de cultivo”, pontua.

Com a produção de 1,2 milhão de tilápias por mês, Ramon pretende investir em novos tanques destinados para a reprodução e genética da criação. “Hoje temos a nossa própria fábrica de ração, e agora vamos ampliar essa produção mensal para 5,0 milhões de peixes, e assim não precisamos mais comprar a matriz da tilápia”.

Atualmente, Ramon diz que compra as matrizes de tilápia de uma empresa particular. “Percebemos que há uma preocupação em comercializar o peixe de melhoramento genético por quantidade e queremos qualidade da criação de tilápia, com melhores resultados para a indústria”, diz Ramon. (CC)

Qualidade da água é fundamental

Responsável por maior parte da produção de tilápia do estado de São Paulo, a região Noroeste possui mais de 250 criadores, concentrados nos municípios de Santa Fé do Sul, Rubineia, Santa Clara d’Oeste e Riolândia. De acordo com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), o Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, espécie que representa 63,5% da produção do país.

Para o criador Claudio Masocatto, de Riolândia, as pesquisas do Instituto de Pesca (IP) representam grande importância para a região. Ele considera fundamental para garantir a produção de tilápias nos tanques, qualidade da água e sanidade dos peixes. “A região concentra grandes produções de tilápias, sendo o controle sanitário importante para conscientizar o criador”, diz Claudio.

Ele diz que as doenças causadas por vírus, na criação dos peixes, sempre foram prejudiciais para a tilapicultura, analisando ainda que as vacinas são importantes e até há pouco tempo ainda não existiam no mercado para o controle dos animais. “Agora já temos a vacina para o controle de um dos vírus e está surgindo outra para controlar outro vírus”. Claudio lembra que a mortalidade pode chegar a 15%, quando as doenças atacam os peixes em criatórios da empresa que gerencia, em Riolândia.

 

 

Segundo Emerson Esteves, criador de tilápia e diretor da Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União (PeixeSP), as doenças causadas por bactérias são as que mais impactam a criação da espécie. Ele diz que a pesquisa para manter a sanidade dos peixes e incentivar o melhoramento genético da tilapicultura são iniciativas importantes para a produção da região. 

 

Fonte: Cristina Cais – DiárIo da Região

https://www.diariodaregiao.com.br/economia/agronegocio/instituto-da-pesca-de-rio-preto-investe-mais-de-r-6-milh-es-em-pesquisas-1.1040979

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Charge Edição nº Publicado em 18/09/2023
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