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14 de Março de 2022 Aquaculture Brasil
Pesquisadores da Ufersa estudam viabilidade da produção de pitaya com água de tanques de piscicultura

Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em Mossoró, no Oeste potiguar, estudam a viabilidade da produção da fruta pitaya com água de tanques de piscicultura. Os primeiros resultados foram positivos.

Cerca de duzentos pés de pitaya foram plantados em março de 2018 no pomar da universidade, a princípio, para avaliar se a planta teria boa adaptação às condições climáticas e de solo da região.

 

 

A gente aqui trabalha com algumas culturas que chamamos de alternativas para o pequeno produtor. Tem várias culturas hoje no estado, banana, mamão, goiaba, que são produzidas por grandes empresas. E os pequenos produtores? Os médios? Qual seria a alternativa para essas pessoas? Então, a gente está testando aqui na universidade, culturas que poderiam suprir essa deficiência para os pequenos produtores e, mesmo com uma pequena área, ele teria um bom retorno financeiro”, explicar o professor de fruticultura da Ufersa e orientador da pesquisa, Vander Mendonça.

Já no primeiro ciclo, 11 meses após serem plantados, os pés começaram a produzir frutos. Para o experimento foram utilizadas as duas variedades de pitaya: a branca e a de polpa vermelha. Como a planta demonstrou bom desenvolvimento, o estudo entrou em uma nova fase. Os pesquisadores passaram a utilizar água reaproveitada de tanques de piscicultura para irrigar os pés.

Produção de pitaya na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) — Foto: Inter TV Costa Branca/Reprodução

Produção de pitaya na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) — Foto: Inter TV Costa Branca/Reprodução

Durante o experimento as plantas foram irrigadas 3 vezes por semana e cada pé recebeu cerca de 5 litros de água. Para os testes foram utilizados três tipos de água diferentes: a primeira, era água de um tanque de piscicultura; a outra, uma água tradicional de abastecimento; e a terceira foi a mistura dessas duas águas a 50%. Nos três casos, os resultados observados foram positivos.

A nossa região tem uma limitação hídrica, então eu pensei em agregar outra atividade que seria a da piscicultura, isso dando mais oportunidade para o produtor. O que nós observamos no primeiro ciclo: a produção das plantas altíssima, a produtividade da área também. chegamos a ter frutos com mais de meio kg”, Conta Luana Mende, doutoranda responsável pela pesquisa.

 

 

Foi dela a ideia de usar água reaproveitada nos testes. Além da boa produtividade, o cultivo da pitaya apresentou uma série de vantagens para os pequenos agricultores. Uma delas foi o custo. De acordo com o professor Vander Mendonça, o investimento inicial para uma área semelhante a que foi implantada na universidade gira em torno de mil reais.

É uma cultura muito fácil de ser conduzida. O próprio produtor pode produzir as mudas. Se ele tiver uma estrutura de madeira para conduzir as plantas na propriedade, isso ajuda demais a baixar os custos. Ou seja, é uma cultura que tem um custo de implantação em comparação com as outras culturas, muito baixo. Muito acessível aos pequenos produtores”, reforça o professor de fruticultura.

Pitayas produzidas na Ufersa — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca

Pitayas produzidas na Ufersa — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca

A pitaya tem se mostrado uma alternativa cada vez mais viável para os pequenos produtores da região. E as pesquisas na universidade devem continuar. Os próximos testes serão com água de alto teor de salinidade para irrigação.

A gente não quer parar. Vamos continuar para trazer mais respostas para facilitar e ajudar a produção”, afirma Raíres.

 

 

Fonte: G1 Globo

 

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