Inovações em sanidade e genética voltadas para a cadeia produtiva de pescados, resultados de avanços científicos e tecnológicos serão lançados na terceira edição do International Fish Congress & Fish Expo, programado para os dias 24, 25 e 26 deste mês de Novembro, em Foz do Iguaçu (PR). Um dos destaques é o lançamento da primeira vacinadora automatizada de tilápias do Brasil.
A diretora executiva Eliana Panty realça que a escolha do IFC 2021 para lançamentos mundiais é, na prática, reconhecimento do prestígio que o congresso conquistou ao se tornar o maior evento brasileiro do setor. O ex-ministro da Pesca Altemir Gregolin e presidente do IFC 2021 destaca que o evento reflete o estágio de desenvolvimento que a cadeia produtiva industrial do pescado alcançou no País.
A Zoetis anunciará o lançamento da Fishteq NFT20, máquina exclusiva que além de vacinar, conta, mede e classifica os peixes. “O Brasil é o primeiro país a vacinar tilápias com este equipamento, que já é utilizado com sucesso em outros países para a vacinação automática de espécies como salmão e truta. A introdução desta nova tecnologia impulsionará ainda mais o crescimento da tilapicultura brasileira”, diz o diretor da Unidade de Negócios de Aves, Suínos e Aquacultura da Zoetis, Renato Verdi.
A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) avalia que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, espécie que representa 60% da produção do País. Nos últimos seis anos a produção de peixes de cultivo obteve um crescimento de 38,7% – de 578.800 t (2014) para 802.930 t (2020), sendo que deste montante, 486.155 toneladas são de tilápia.
“Com a chegada dessa tecnologia, o piscicultor terá maior performance na vacinação, além de elevada padronização dos lotes, já que a classificação dos peixes se dá através do processamento de imagens individuais digitalizadas. A máquina ainda ajusta a posição da agulha de acordo com o respectivo tamanho de cada animal, garantindo que a vacina seja aplicada no local correto”, explica a Engenheira de Pesca e gerente técnica comercial de Aquacultura da Zoetis, Danielle Damasceno. As vantagens de um equipamento como esse são muitas: segurança, redução da manipulação dos animais, contagem e vacinação eficientes, registro e formação de banco de dados, além de biosseguridade, visto que vacina e agulha ficam isoladas de qualquer contato externo.
A Hipra – empresa farmacêutica veterinária voltada exclusivamente para a prevenção que desenvolve e produz vacinas para todas as espécies animais – apresentará o método inédito de vacinação por imersão no Brasil, tecnologia que promete revolucionar a produção de alevinos mais saudáveis e rentáveis. A imunização precoce melhora a resistência dos peixes aos patógenos do meio ambiente e ajuda a reduzir o uso de antibióticos.
O brand manager Aqua Hipra, Raúl Benito, explica as vantagens da tecnologia que a empresa apresenta para a aquacultura brasileira. O pesquisador destaca que o método por imersão imuniza os peixes através das mucosas das brânquias, boca e pele. Isso permite proteger os alevinos, a partir de 0,5g. Esse método de vacinação contribui para um melhor crescimento e redução da taxa de mortalidade de alevinos.
A vacina por imersão é uma importante ferramenta na produção de peixes. E, segundo Benito, o desenvolvimento dos alevinos constitui uma das fases mais importantes para uma fazenda. “Os alevinos são a parte mais sensível da produção, a que mais sofre com doenças”. Esta é também a melhor fase para aplicar as soluções, com custos menores. “A biomassa é reduzida e as unidades de cultura (tanques) facilmente manejáveis”.
O tamanho dos alevinos e a grande quantidade contribuem para que os custos produtivos sejam altamente diluídos. A vacinação de alevinos por imersão ajuda a melhorar a rentabilidade na produção de peixes. “O método protege os alevinos contra os patógenos mais importantes no período de 0,5 gramas até o momento da vacinação por injeção, quando o peixe atinge a 30 a 50 gramas”. O manejo da vacinação por imersão, reforça Benito, não requer muitos recursos, como no caso da injeção. “Trata-se de um procedimento simples, similar à anestesia por imersão”.
Outra grande inovação será apresentada durante o IFC 2021 pela equipe da Piscicultura AquaBel, maior produtora brasileira de alevinos e juvenis de tilápia. A companhia agora se chama AquaGenetics do Brasil Ltda, como parte da reestruturação empresarial após a aquisição da AquaAmérica no ano passado.
Com a reestruturação a AquaGenetics do Brasil torna-se distribuidora exclusiva das marcas de genética de tilápias AquaBel e AquaAmerica no mercado brasileiro. AquaBel, o nome original da empresa brasileira fundada há 26 anos, permanecerá como nome de uma das marcas de genética de tilápia mais conhecidas no Brasil. Em 2016, o Grupo Alemão EW adquiriu participação majoritária na empresa, que agora faz parte de seu negócio de genética e distribuição de tilápia, denominado GenoMar Genetics Group.
O CEO da AquaGenetics do Brasil, Gustavo Crosara, diz que a indústria brasileira de tilápia está evoluindo rapidamente e com ela nossa responsabilidade em ter a capacidade e o foco no cliente para abastecer o mercado com alevinos e juvenis de alta qualidade. “Nosso trabalho é desbloquear o potencial genético dessas marcas por meio da busca por qualidade superior de alevinos e juvenis, disponibilidade de produtos durante todo o ano e suporte pós-venda”.
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