A imitação de atum à base de plantas é um produto ultraprocessado e possui 14 vezes mais sódio quando comparado ao atum “original”, considerado alimento in-natura.

Alimentos ultraprocessados, são formulações industriais, em geral com pouco ou nenhum alimento inteiro. São feitos com vários ingredientes, geralmente sal, açúcar, óleos e gorduras, com a adição de substâncias sintetizadas e de uso exclusivamente industrial, além de aditivos usados para preservar ou conservar, modificar a cor, cheiro, sabor, e textura do produto final.

São classificados como alimentos in natura aqueles que não possuem processamento industrial, ou processamentos que agregam novas substâncias. São obtidos de forma direta de plantas ou animais sem sofrer qualquer alteração após retirados da natureza.

O trabalho realizado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, classifica os alimentos em 4 categorias, in natura: ovos, leite, folha e peixe; ingredientes culinários processados: sal, margarina, óleo, açúcar; alimentos processados: conservas, queijos, pães; ultraprocessados: plant based, refrigerante e balas. 

A pesquisa mostra que produtos ultraprocessados apresentam proporção reduzida de alimentos in natura, os quais ás vezes sequer estão presentes na lista de ingredientes dos produtos do Grupo 4. Leia a pesquisa aqui.

Ler os rótulos dos alimentos é uma importante fonte de informação sobre o que estamos consumindo. É nele que encontramos os ingredientes, data de validade e informações nutricionais. Ler rótulos ajuda a ter consciência e manter uma alimentação saudável, permite fazer boas escolhas desde o momento da compra no supermercado, até a hora do consumo, durante as refeições.

Para a Associação Brasileira Das Indústrias de Pescados (ABIPEPESCA),“A extinção dos produtos à base de plantas não deve ocorrer, pelo contrário, entendemos que o desafio de alimentar todo o globo carece de novas tecnologias e novos produtos que possam suprir a demanda por alimentos. ​O consumidor deve ser informado, sem falsos nomes e atributos, sobre aquilo que adquire e consome. Neste sentido, peixe é peixe, planta é planta. Texturas, cores, sabores e odores obtidos artificialmente pelo uso de aditivos químicos e em processos tecnológicos ainda não regulamentados, não podem ser comunicados como se natural fossem".

No artigo 37 do código de defesa do consumidor, é considerada enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.

A ABIPESCA quer que sejam retirados imediatamente das gôndolas brasileiras todos os produtos baseados em plantas que tragam nomes análogos ao produto original, como filé vegano de salmão ou hambúrguer vegetal, por exemplo. O pedido já foi feito ao Ministério da Agricultura, que também deverá analisar mudança na rotulagem, entre outros fatores.

“Planta é planta, peixe é peixe”, declara Eduardo Lobo Naslavsky, presidente da Abipesca.

Fonte: ABIPESCA 

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