A pesquisa, liderada pelos pesquisadores Ricardo Calado e Ana Lillebo da Universidade de Aveiro, busca implementar um novo sistema de aquicultura multitrófica integrada, através do projeto “AquaMMIn – Desenvolvimento e validação de um sistema de aquicultura modular multi-trófico integrado para espécies de águas marinhas e salobras”.

O projeto está montado em uma área do tamanho de uma piscina olímpica e será composto por oito módulos, cada um deles preparado para o cultivo de espécies de água marinha e salobra de três níveis tróficos diferentes, em sistema fechado, de recirculação.

“A água com nutrientes do nível trófico anterior é aproveitada como input no nível trófico seguinte. No final da linha a água é reciclada e volta novamente ao início. O sistema assim estruturado cumpre os objetivos de sustentabilidade, permite um controle total dos parâmetros de produção e pode ser, teoricamente, instalado em qualquer lugar, independentemente da proximidade da costa, com níveis elevados de biossegurança”, afirma em nota a Universidade.

As principais espécies a comporem o sistema serão o robalo europeu e dourada (como nível trófico superior), a ostra (Crassostrea gigas), poliquetas (Hediste diversicolor) e pepinos do mar (como nível trófico logo abaixo), e por fim, utilizando os nutrientes dissolvidos na água serão testadas a salicórnia (Salicornia ramosissima) e alface do mar (Ulva sp.).

As diferentes combinações dos sistemas modulares de IMTA a serem avaliados estarão totalmente equipados com sistemas de monitoramento em tempo real in situ e ex situ, permitindo assim o seu acompanhamento em tempo real, bem como a correção de parâmetros físico-químicos através das soluções de automação que também serão implementadas.

A instalação piloto já está montada e deve entrar em operação já no final de abril. Segundo o coordenador, Ricardo Calado, já há duas empresas interessadas em desenvolver estudos em parceria.

Fonte: UA