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Cultivo de Peixes
11 de Março de 2021 Jéssica Brol
Produção de peixes nativos teve crescimento menor em 2020

Produção foi 3,2% menor em 2020 com relação ao ano anterior

Enquanto a tilápia avançou, o ano de 2020 não foi de todo positivo para a produção de peixes nativos, conforme destacado pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR) em seu último anuário.

A produção atingiu 278.671 t em 2020, um recuo de 3,2% em relação às 287.930 t do ano anterior. Com esse desempenho negativo, cai para 34,7% a participação dos peixes nativos na produção nacional de peixes de cultivo – era de 38% em 2019.

Importante destacar que o cenário de retração do segmento tem se repetido nos últimos anos. Em 2018, a produção de peixes nativos recuou 4,7% e em 2019 houve aumento de apenas 20 toneladas, de acordo com a Peixe BR.

Entre os fatores que frearam o crescimento, merece destaque os altos custos de produção, que no último ano tomaram grandes proporções, além das dificuldades de processamento destes peixes. Aliás, a industrialização é peça essencial para expansão da produção, a fim de aumentar as fronteiras da comercialização.

Entre os maiores produtores, Rondônia continua sendo o estado que mais produz peixes nativos (65.000 t), seguido de Mato Grosso (42.000 t), Maranhão (40.800 t), Pará (24.900 t) e Amazonas (21.500 t). De acordo com a associação, o único estado que não registrou cultivo de espécies nativas foi o Ceará, os demais, mesmo que em pequena escala, possuem alguma produção de peixes nativos. Essa presença nacional é um fator positivo para impulsionar o segmento nos próximos anos, avalia a Peixe BR.

Buscando reverter o quadro de 2020, alguns estados, como o Amazonas, trabalharam para desburocratizar o licenciamento ambiental, e a partir de 2021 áreas de até 3 hectares de lâmina d’água estão dispensados de vista prévia do órgão responsável pelo licenciamento.  A falta de acesso ao crédito para investimento e custeio é apontado como um entrave para o aumento da produção no Amazonas, um dos estados com maior abundância hídrica do Brasil para a produção de peixes nativos.

Além disso, a Peixe BR criou neste ano um comitê específico para tratar de peixes nativos, coordenado por Bruno Leite, da Zaltana Pescados.

“É responsabilidade da Peixe BR dar atenção especial às necessidades, pleitos e exigências desses segmentos”, explica Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura.

Para o coordenador do Comitê, Bruno Leite, os problemas da cadeia de peixes nativos já são conhecidos e o comitê vem para somar forças na solução destes:

“Conhecemos de perto os problemas e desafios que temos pela frente e vamos somar forças para chegar às melhores soluções e valorização dos peixes nacionais”.

Como perspectiva para 2021, o cenário parece dar uma melhorada, Francisco Medeiros destacou que houve uma maior procura por alevinos de peixes nativos, o que já projeta recuperação na produção este ano, em decorrência da melhoria dos preços pagos ao produtor.

Fonte: Anuário Peixe BR da Piscicultura 2020

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Charge Edição nº Publicado em 18/09/2023
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