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Eles fazem a diferença
07 de Agosto de 2021 Aquaculture Brasil
Vinicius Ronzani Cerqueira

No ano em que inauguramos a década do Oceano (2021-2030), a primeira edição de 2021 da Revista Aquaculture Brasil tem a imensa honra de homenagear um Oceanólogo, considerado um dos principais professores e pesquisadores da área de Piscicultura Marinha das Américas!

 

 

Do interior de Minas Gerais para o mar!

Nasci e morei até os 18 anos em MG, no interior e depois na capital. Meu interesse pela Oceanologia veio através das temporadas de férias que passava no litoral, em Arraial do Cabo (RJ). Acompanhei a criação do “Projeto Cabo Frio” e era fã do Almte. Paulo Moreira da Silva, comprava os livros dele, e do Jacques Cousteau também. Adorava Ecologia, e sobretudo Ecologia Marinha. Queria salvar o planeta! De vez em quando ia pescar de barco com o meu avô, na Baía dos Anjos. Antes de saber da existência do curso da FURG, minha intenção era fazer a graduação na França. O que era um sonho difícil de realizar. Então, como havia o curso em Rio Grande, em 1977 fui fazer lá mesmo. E graças a isso conheci minha esposa, Maria Luiza, uma rio-grandina, e temos dois filhos, Rafael e Carolina, florianopolitanos. Mas a aquicultura me empolgou mais no final do curso. Creio que, na época, Oceanologia e Engenharia de Pesca eram os únicos que tinham disciplinas obrigatórias de aquicultura.”

 

Aprendizado e experiências em Rio Grande, na FURG

“A maior parte dos professores estava envolvida em projetos de levantamento oceanográfico na Lagoa dos Patos, estuário e plataforma adjacente. O departamento de oceanografia tinha um grupo pequeno de professores (comparado ao que é hoje) na aquicultura continental e maricultura. O prof. Marchiori tinha voltado do mestrado no Japão, e fazia pesquisas com o camarão L. paulensis. O prof. Maçada tinha estudado um ano na França, e fazia alguns trabalhos com juvenis de tainha. Mas eu comecei a fazer estágio com um casal de franceses, especialistas em fitoplâncton (pensando na ecologia marinha). Mas logo depois comecei com a biologia pesqueira, tinha bolsa do CNPq, e fui até o final do curso. O prof. Haimovici, meu orientador de IC, teve uma influência muito positiva na minha formação como pesquisador/professor. Pensava que era uma pena não ter feito estágio na maricultura. Mas a experiência estudando peixes, também me estimulou a buscar a pós-graduação. Uma das experiências mais marcantes na minha graduação foi estar embarcado por três semanas no navio oceanográfico Almte. Saldanha, de forma voluntária. Muito mar, trabalho e aventuras! Viver em Rio Grande por 5 anos, tão longe de casa, foi por si só uma aventura”

 

O exame de TOEFL que o levou para a França

“Eu queria aprender mais sobre aquicultura. Acreditava na expansão do setor. E na época não era simples conseguir trabalho como recém-formado. O oceanólogo era um profissional pouco conhecido. A própria profissão era nova. Parecido ao que vivenciam os engenheiros de aquicultura! Também tinha aquele sonho de viver um pouco fora do Brasil. Minha única experiência internacional até o momento foi na cidade do Chuy (Uruguai), na viagem de estudos da disciplina de Sedimentologia! Então, fazer a pós-graduação no exterior atendia vários anseios. Minha esposa, na época noiva, era super-parceira neste sonho. Nós fizemos juntos cursos de inglês e de francês. Mas, no início o alvo não era a França. Eu acreditava que nos EUA teria uma melhor formação. Antonio Philomena, meu professor de Ecologia Marinha (olha ela aí de novo!) tinha feito Mestrado lá. Conversava com ele, me ajudou a escrever uma carta (não existia Google tradutor). Como não havia cursos de mestrado em aquicultura no Brasil, só de Oceanografia, o CNPq, ainda que com muita parcimônia, concedia bolsas para o exterior. Mas naquela época, além do Marchiori, do Maçada e do Sílvio Romero (que pouco depois fez Mestrado no Texas), ninguém mais tinha feito pós-graduação fora. Enquanto cursava as disciplinas do último ano (1981) era bolsista de IC e dava aulas de Biologia no ensino médio, para conseguir fechar meu orçamento mensal. E estava muito focado nos contatos com o exterior. Eu fiz inscrição em cinco universidades nos EUA: as minhas preferidas eram as do Hawaii e da Califórnia (La Jolla), mas tinha também duas na Florida e uma no Texas. Na França me inscrevi na de Marseille e na de Brest. Era uma emoção grande quando via os envelopes chegados do exterior contendo folhetos, catálogos de cursos, formulários etc., ou as cartas de aceite, ou de recusa. O meu TOEFL deu 537 e as universidades pediam no mínimo 550. Como não queria adiar a viagem decidi por Marseille (o prof. Maçada me garantiu que o clima de Brest era péssimo, pior que o de Rio Grande!). Quanto ao conhecimento da língua, um atestado da minha professora de francês (nossa querida amiga Núbia) foi suficiente. Em setembro de 1982, lá fui eu para a terra do Cousteau. Sonho realizado! Logo no primeiro ano, o prof. J.M. Pérès me fez ver que ele não era o cientista que eu imaginava, mas um desbravador, divulgador e defensor dos oceanos. Continuei admirando igualmente. Nos dois primeiros meses era difícil entender o que me falavam. Felizmente o prof. Felipe Niencheski (uns poucos anos mais velho que eu), que estava terminando sua pós em Marseille, me ajudou desde a chegada no aeroporto. No curso, o principal desafio foi, depois de fazer as disciplinas, encontrar um laboratório e um orientador. Escolhi um local fora da Universidade, uma estação de pesquisa em aquicultura marinha do IFREMER (Palavas Les Flots), até então pouco conhecida, mas que evoluiu bastante depois. No final do primeiro ano consegui meu diploma (DEA), uma espécie de Mestrado reduzido. Mas tinha feito o TOEFL de novo por lá, pensando ainda na possibilidade de ir para os EUA. Aí veio uma crise nervosa, pela insegurança de não saber o que seria a minha vida dali para a frente, até me convidarem a continuar no mesmo laboratório para continuar a PG (doutorado em Oceanografia Biológica). Concluí que seria a melhor opção e, deu certo! A minha orientadora no IFREMER, Dra. Béatrice Chatain, fez suas pesquisas de doutorado no Japão. Mais tarde a Universidade aceitou-a como minha orientadora na pós. No terceiro ano o prof. Elpídio Beltrame passou algumas semanas conosco. Foi quando nos conhecemos. Boas lembranças! A estação cresceu e se tornou uma das mais prestigiadas em piscicultura marinha da Europa. Tive a oportunidade e a sorte de estar ali, bem no meio das pesquisas de ponta, que propiciaram o crescimento acelerado da produção do robalo e pargo-europeu nos anos 1990. Há pouco tempo, fiquei muito feliz e orgulhoso quando uma ex-aluna nossa, Helena Galasso, foi fazer doutorado nesse mesmo lugar. É um fechamento de ciclo. O dia da minha defesa foi 19/11/86. Exatamente um ano depois, já em Florianópolis, nasceu o nosso filho (a filha veio em 1993, com a vida mais estabilizada). Ao voltar para casa, creio que não havia nenhum doutor especializado em aquicultura formado no exterior. Poucos doutores em geral, mesmo em oceanografia eram poucos. Na graduação, nossos professores doutores eram três ou quatro argentinos. Sempre tive muita admiração e respeito por eles. O Mestrado em Oceanografia da FURG era recente. Só a USP já tinha Mestrado e Doutorado. Eu tinha um sentimento muito forte de compromisso com o Brasil. O fato de ter sido bolsista no exterior gerava para mim esse vínculo, uma dívida. Isso durou muitos anos, e até hoje tenho a impressão de que devo alguns centavos! Em algum momento, pensei em trabalhar no exterior, dado que as oportunidades aqui não eram muitas. Enviei cartas para no mínimo dez instituições no Brasil (do RS ao MA), prospectando trabalho (universidades, institutos, ...). O que poucos puderam oferecer foi a possibilidade de alguma bolsa. O pró-reitor de pesquisa da UFSC me respondeu dentro do que podia, nada de concreto.”

 

Volta ao Brasil e a chegada na UFSC

“Eu voltei da França para Rio Grande no final de 1986. Em princípio ficaria na FURG, como bolsista, ajudando o prof. Phonlor, que pesquisava a criação do peixe-rei marinho. Mas como eu conhecia o Elpídio e o Clóvis Pereira (oceanólogo), vim conversar com o prof. Andreatta e conseguimos uma bolsa de recém-doutor (hoje pós-doc) do CNPq. SC era um sonho para nós desde estudantes. A parte prática da disciplina de Mergulho Autônomo foi em Bombinhas. E eu já conhecia SC também porque tinha alguns familiares morando aqui. Comecei na UFSC em julho de 1987 e fiquei dois anos como bolsista. Foi um período muito rico de aprendizagem. O Laboratório de Camarões era recente, o Andreatta queria melhorar uma série de coisas, e eu ajudava no que podia. Como gostava de larvicultura (minha tese de Dr. foi com larva de robalo), este foi o setor ao qual dediquei mais tempo. Era preciso produzir pós-larvas de paulensis. O concurso público veio depois”.

 

Início da docência e a criação do primeiro mestrado em aquicultura do Brasil? 

“O Departamento de Aquicultura da UFSC já tinha oferecido duas turmas de especialização, com duração de um ano. Em agosto de 1988 iniciou o Mestrado. Fui convidado a participar, e propus a disciplina de Piscicultura marinha. Vários professores eram de outros departamentos, o de Aquicultura era pequeno. Comecei dessa forma a conhecer a estrutura da UFSC. Era certamente o mais novo e inexperiente da turma. Meu primeiro orientado foi Aliro Bórquez, Engenheiro de Aquicultura formado no Chile (hoje reitor da Universidad Catolica de Temuco), cuja dissertação foi a primeira defesa do Curso, no final de 1990. Ao terminar a minha bolsa, em julho de 1989, a UFSC me contratou como professor visitante (era muito importante para a PG ter mais um professor doutor). Logo, o Departamento conseguiu uma vaga de professor efetivo. Em dezembro, houve o concurso público para Piscicultura. Concorremos eu e o Evoy Zaniboni (graduamos juntos em 1981), mas o título de doutorado me ajudou a chegar na frente. Bom que ele estava empregado na CEMIG e cursando o doutorado da UFSCAR, e acabou contratado no concurso seguinte, quatro anos depois. Na criação do Mestrado, o Departamento recebeu alguns professores da própria UFSC e depois, com vagas de aposentadorias, houve mais alguns concursos públicos. O concurso público para professor titular de piscicultura marinha eu só prestei em 1997.”

 

O “start” do LAPMAR 

“Em 1989 já estava planejando pesquisas com piscicultura marinha para desenvolver na pós-graduação. Eu procurava uma espécie nativa para trabalhar. Era meu sonho desde os tempos de PG na França. Só não tinha uma espécie definida. As experiências recentes com a tainha não eram boas, o Andreatta, inclusive, desaconselhava. Eu nunca pensei em importar o robalo-europeu. Encontrei alguns trabalhos feitos nos EUA com o nosso robalo, e me empolguei. Tanto que no concurso público, apresentei uma “análise e perspectiva para o cultivo do robalo no litoral brasileiro”, baseando-me na pesquisa feita na Flórida (Tucker Jr., 1987). No início, coletava juvenis no mangue, o seu Keka dava um super-apoio. Fomos montando uma pequena estrutura na Barra, o Aliro, meu mestrando, me ajudava, e logo ele já estava fazendo os experimentos da Dissertação. O Elpídio e o Andreatta também davam um apoio imprescindível.

 

 

Mais uma inovação: a criação do primeiro curso de Engenharia de Aquicultura do Brasil!

“Não foi difícil convencer a UFSC. Na verdade, fomos convidados pelo prof. Faruk (pró-reitor de Graduação) a apresentar um curso novo. Só que eu creio que eles imaginavam algo parecido com Oceanografia e nós apresentamos a Aquicultura! Já estávamos oferecendo disciplinas obrigatórias para a Agronomia. Mas, acreditávamos que um profissional especialista teria muito para contribuir. Já existiam exemplos de graduação no Chile e México, e de curso técnico até no Brasil. Pensamos também na Engenharia de Pesca, mas eu era um dos que acreditava em fazer algo diferente. Isso combinava mais com o que o Departamento já vinha fazendo.”

 

Pós doutorado na Espanha

“Em 2006, ninguém do nosso departamento tinha saído para pós-doutorado, então achei que alguém precisava abrir a porteira! Eu conheci o meu supervisor, Dr. Manuel Carrillo, do Instituto de Acuicultura de Torre de La Sal, em um congresso. Depois fiz um estágio de 3 semanas no Instituto em 2005, e acertei o pós-doc para o ano seguinte. Eu tive também a sorte de conhecer um pesquisador espanhol, Vicente Olmos, durante o doutorado. Ele também tinha passado pelo mesmo Instituto, quando recém-formado. Então, as peças se juntaram. Com minha esposa e meus dois filhos ficamos um ano em Valencia, tendo como vizinhos Vicente, esposa e filhos. E fortaleceu nossa amizade. Em Torre de La Sal tive uma experiência muito rica. Há muitos anos que fazem pesquisas de ponta em reprodução de peixes marinhos (linha de pesquisa da equipe que me acolheu). Um fato interessante, é que o Vicente e vários colegas dele fizeram estágio na França (em 1985), dentro de um programa espanhol de desenvolvimento da aquicultura marinha. Além da formação de pessoal, financiaram pesquisas internas, empresas etc. Isto permitiu que em pouco mais de dez anos estivessem na linha de frente da piscicultura marinha europeia. Um bom exemplo para nós.

 

Principais legados

“Ao reler os objetivos que tracei no ensaio que apresentei no meu primeiro concurso para professor (fiz isso hoje depois de tantos anos!), vejo que todos foram atingidos (eram relativos ao robalo). Não eram objetivos para se alcançar em um único projeto. Mas em vários, com a ajuda de muita gente. Mas creio que chegamos. Isso é muito gratificante. Além disso, ao longo do percurso, alguns desafios foram aparecendo. Um dos mais interessantes foi o de estudar a sardinha. Os colegas do ICMBio tinham um problema e queriam nossa parceria para resolver. Teria sido mais tranquilo continuar apenas com os problemas que a gente já tinha. Mas era um trabalho tão bonito!. Com toda a dificuldade de manter explorável o estoque de sardinha adulta, capturávamos e ainda capturamos juvenis para usar como isca-viva na pesca do bonito-listado. Eu já conhecia o problema desde 1990, mas não tinha como ajudar. Então em 2010, junto com ICMBio e UNIVALI, iniciamos um projeto. Nossa parte era controlar a reprodução e criação de juvenis. Muitos pensavam ser impossível, mas os objetivos foram alcançados. Várias dissertações e teses foram feitas sobre o tema. É um projeto que considero de alta relevância socioeconômica e ambiental. Tenho muito orgulho de ter participado. Mas as capturas de sardinha para isca-viva continuam. O setor pesqueiro considera que produzir juvenis de sardinha é caro. Mas é preciso sair da escala experimental para uma escala de produção massiva. São necessários 700 milhões de juvenis por ano para atender a demanda atual. A indústria precisa de incentivos para isso. Ainda se pensa em espécies alternativas, como a tilápia. Mas qualquer isca criada vai ter um custo “alto”, considerando que a retirado da natureza não se paga. Outra vertente do projeto seria engordar a sardinha. Atualmente, temos um projeto de produção piloto em negociação com as indústrias. As pesquisas com a tainha também foram muito legais. Mas já estou falando muito, fica para uma outra vez!”

 

LAPMAR: o principal laboratório do Brasil de pesquisa e desenvolvimento em piscicultura marinha

“Antes de qualquer coisa, muito obrigado pelo reconhecimento de vocês! Isto é o mais importante. Sempre quis propiciar aos alunos a melhor formação possível. E foi importante para mim que participassem em projetos que dessem conhecimento teórico e prático, no nível mais alto possível. Na minha visão, essa é a minha obrigação. E fico muito feliz com o sucesso profissional dos ex-alunos. Quanto à aquicultura nacional, eu fiz tudo o que estava ao meu alcance. Quando o conhecimento que o nosso trabalho gerou se tornar útil para alavancar a indústria, o ciclo vai se fechar. Espero que seja logo. Mas a decisão sobre criar ou não peixes marinhos não depende só da minha vontade!”

 

A piscicultura marinha irá decolar no País?

“Já temos informações sobre várias espécies nativas. Isso é muito bom. Mas uma espécie pode ser criada de várias formas; o sistema de produção é o que importa agora. No mês passado participamos de um seminário no MAPA em que este assunto foi discutido. Alguns colegas trouxeram experiências interessantes e reforçaram minha visão a respeito. Argumentei que não existe “a” espécie ideal. Parece que é isto o que estamos buscando há anos no Brasil. Como se fosse uma “bala de prata”! Isto não existe. E o problema não é só a falta de ração específica para peixe marinho, como alguns podem pensar. Isto se resolve na medida da demanda. Temos muitos problemas. Nosso entrave é o que chamamos de “custo Brasil”. Não existe um “ambiente de negócio” favorável para a implantação de uma indústria de piscicultura marinha. São dificuldades de licenciamento ambiental, financiamento, impostos, burocracia etc. E como é uma atividade nova, há evidentemente um risco, que é maior em qualquer atividade produtiva que dependa da natureza (como na agrícola). Na situação atual, seria importante que os riscos fossem atenuados, com ações coordenadas entre setor privado, governo e pesquisa. Que a atividade fosse estimulada. Isto é papel do Ministério e Secretarias estaduais. O país precisa fazer escolhas. Queremos importar cada vez mais pescado marinho de alta qualidade (leia-se basicamente salmão) e/ou explorar cada vez mais nossos estoques pesqueiros já debilitados? Ou queremos incrementar a oferta deste produto através da piscicultura?

 

 

O que ainda falta realizar?

“Eu creio que um pesquisador de qualquer área nunca pode se considerar satisfeito! O que nos move é a busca de conhecimento. A minha contribuição sempre foi no sentido de conhecer as espécies para poder controlar o ciclo de vida. O francês usa o verbo “maîtriser”, ao invés de controlar. A gente se torna mestre na medida que conhece e valoriza. Bem, não tendo formação em engenharia, tentei aprender com os engenheiros, os agrônomos principalmente. Pois a nossa “engenharia” (ou seja, transformar a natureza a nosso favor) é a de recursos biológicos. Então, meu olhar inicial é o do oceanólogo, buscando as espécies “em dificuldade” por exemplo, e depois vem o viés da engenharia, buscando como intervir para resolver o problema. Antes dos projetos com sardinha e tainha, já pensava que a pescada-amarela (boa de mercado, ameaçada em alguns locais, com a bexiga gasosa supervalorizada no mercado asiático, ...) mereceria a nossa atenção. Infelizmente, não conseguimos juvenis nem reprodutores. Então, é um sonho ainda por concretizar”.

 

Três espécies de peixes marinhos para o Brasil 

“Três é pouco! Eu creio que primeiro temos que pensar em qual sistema de produção, depois nas espécies. Para suplantar de forma mais fácil as dificuldades mencionadas há pouco, penso que devemos começar incentivando a piscicultura “estuarina”. É um sistema semi-intensivo, que pode usar as mesmas estruturas de engorda do camarão. E neste caso, com as espécies que se adaptam bem neste ambiente: tainha, robalo, carapeva, pescada, corvina, miragaia, talvez até linguado e cioba. Isto existe na Europa até hoje. E acho que estamos deixando escapar esta oportunidade há pelo menos 15 anos. Mas, na medida em que consigamos produzir em sistemas mais intensivos e com custo mais elevado (tanque-rede e RAS, por exemplo), apostaria em espécies com valor de mercado alto como robalo, cioba, pescada-amarela, linguado e garoupa.

 

Onde vamos encontrar o professor Vinicius daqui a 10 anos?

“Em muitos lugares!. Mas certamente vou ter mais tempo para estar com minha esposa, meus filhos e sobretudo netos. Também cuidando das minhas coisas, como as plantas, a aquaponia, os peixes, e também viajar, escrever meus textos; e quem sabe sobre tempo para trabalhar em um projeto de piscicultura de algum ex-aluno?

 

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Charge Edição nº Publicado em 18/09/2023
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