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Eles fazem a diferença
01 de Junho de 2018 Aquaculture Brasil
Megumi Yokoyama, Sr. Pedrinho

Mais conhecido em todo Brasil como “Sr. Pedrinho”, saiu do interior de São Paulo na década de 70 para Rondônia, mas não foi para desbravar a piscicultura. Pelo contrário, inicialmente era um grande empresário do ramo de combustíveis, tendo postos em quase todos os municípios do estado.

Contudo, tinha como um grande hobby a arte de pescar “Eu sempre pescava, gostava muito de passar horas nisso. Mas lembro bem que em 1982, quando fui pescar, não peguei peixe no córrego. No rio tinha, mas no córrego não peguei peixe nenhum. E isso me alertou e decidi iniciar um projeto para criação desses peixes que eu já não pescava mais”.

Para a época, Sr. Pedrinho foi chamado de louco “Como assim japonês, criar peixes na Amazônia?”. Mas ele tinha a certeza que não estava criando para aquele momento, estava começando um projeto para que daqui 20 ou 30 anos, quando os peixes do rio estivessem escassos, fosse possível suprir essa proteína com peixe cultivado”.

 

 

Inicialmente Sr. Pedrinho começou com cultivo de tambaqui. Passou a trazer alevinos de Aracajú, no nordeste do País, mas logo viu que a logística não era fácil e que teria que fazer seus próprios alevinos para também distribuir a outros piscicultores que estavam começando a atividade. Com o apoio do SEBRAE, que trouxe técnicos especializados, conseguiram fazer a desova de Tambaqui, que foi um sucesso:

“A partir daí, começamos a desenvolver laboratórios e um frigorífico com inspeção estadual. Como no início não tinha ração, nós sabíamos que Santa Catarina utilizava um sistema de cultivo consorciado com aves e suínos sobre os tanques de peixe, para que os dejetos destes animais servissem de adubação e alimento aos peixes. E assim fizemos no início, por isso se chama Piscigranja Boa Esperança, porque tive que implantar uma granja com a piscicultura.”

 

Contudo, os alevinos eram muito ruins, demoravam 14 meses para atingir 1,8 kg. O que não tornava o negócio viável e o produtor foi largando a atividade. O frigorífico também não dava mais resultado em virtude do baixo volume para abate. Sr. Pedrinho decidiu então sair do frigorífico e se dedicar ao melhoramento genético do tambaqui:

“Nos reunimos com o governo e deixamos claro que para o estado crescer e se desenvolver na piscicultura, teríamos que trabalhar no melhoramento genético. E o governo nos apoiou, juntamente com o SEBRAE, trazendo pesquisadores para atuar nesse problema emergencial.”

“O resultado é que de 14 meses, foi possível baixar para 7 meses o tempo para o tambaqui atingir 2 quilos. E com isso o produtor começou a ganhar dinheiro e automaticamente começou a investir. E assim é que Rondônia se tornou o que é hoje, o maior produtor de tambaqui do Brasil, com mais de 70 mil toneladas de produção.”

 

A mesma circunstância aconteceu com o pirarucu. Em 1992, em um período de muita seca no Amazonas, o volume dos rios foi baixando e começou a pesca predatória de pirarucu, que o levou a extinção

“Fiquei surpreso, pois não esperava isso tão cedo.”

“E eu distribui a vários produtores e depois de 5 anos começou a reprodução. E hoje Rondônia está com pirarucu em quase todos os lagos!”

 

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