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Aquicultura Latino-Americana
01 de Março de 2017 Rodolfo Luís Petersen
Aquicultura & futebol

Não é de hoje que o continente sul-americano é exportador de jogadores e técnicos de futebol. Começou com Brasil e Argentina, sendo que hoje tem jogadores e técnicos de toda a região atuando pelo mundo.

E aí, o que tem a ver o futebol com a aquicultura Latino- americana?

A resposta é simples: quando os animais estão morrendo, o primeiro que “dança” é o responsável técnico. Assentado neste paradigma, o técnico sempre tem a culpa de tudo. A diferença do futebol, os equatorianos são os campeões mundiais. Tem equatoriano em Senegal, Arábia, Brasil, Índia, Filipinas, Taiwan, Moçambique, e até no Oriente Médio. As bombas são com eles. Outros países como Colômbia, México, Chile e Panamá têm se tornado exportadores e importadores de técnicos aquícolas. Geralmente não vão sozinhos, e como os de futebol, levam sua equipe técnica. Estes colaboradores os auxiliam em determinados setores cruciais com o intuito de não sofrer atentados locais e abrir confiança com os outros membros da equipe nativa. Depois de tudo, em qualquer empreendimento aquícola, o time é tudo, ninguém faz nada sozinho.

Mas... no caso da aquicultura, qual é a causa desta dança de cadeiras?

A variação ambiental, os patógenos e a falta de controle. Em inúmeras situações não sabemos o porquê de determinada mortalidade. Resultado: troca de diretor técnico. O novo, se apresenta com o entusiasmo do novo desafio, bota um defensor, outro no ataque e fica rezando. Às vezes dá certo ou às vezes o tempo transcorrido entre sua contratação e a realização do ajuste, a causa da mortalidade cessa, e a pinta entra em campo com a grama arrumada. GOLLLLLLLLL, produz bem, o paparicam, o levam para jantar em restaurantes caros, e... ao tempo, outro surto severo de mortalidade e pronto, troca de país.

Novas tecnologias de controle sanitário, produtos probióticos e biorremediadores, assim como o crescimento dos cultivos heterotróficos (que tendem a equilibrar o ambiente de cultivo) estão melhorando um pouco a situação. Uns poucos fazem uma grana e conseguem seus próprios negócios ou entram em sociedade com o investidor (o que não é garantia de sucesso econômico), e muitos ficam sobrevivendo a vida toda pulando de galho em galho.

E pensar que você achava que não tínhamos nada a ver com o FUTEBOL.

E pensar que eu achava que a genética poderia auxiliar em algum aspecto da variação....

 

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Capa do colunista Rodolfo Luís Petersen
Rodolfo Luís Petersen

Zoólogo, Mestre em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutor em Genética e Evolução pela Universidade Federal de São Carlos (SP). Pesquisador e Gerente do Setor de Maturação do Laboratório de Camarões Marinhos (UFSC) desde 1990 até o ano 2001. Em 2003 trabalhou no Departamento de Genética da AQUATEC e desde janeiro de 2004 até dezembro de 2006 foi Gerente de Produção e Diretor Técnico do Laboratório Estaleirinho (Balneário Camboriú/SC). Como professor da UNISUL (Universidade do Sul de Santa Catarina), trabalhou em genética de peixes em parceria com a Piscicultura Panamá (Paulo Lopes/SC), entre 2006 e 2009. Atualmente trabalha como professor e pesquisador no curso de Engenharia de Aquicultura de Centro do Estudo do Mar (CEM/UFPR) e coordena o GECEMar (Laboratório de Biologia Molecular e Melhoramento de Organismos Aquáticos) da Instituição.

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