A coluna “Green Technologies” desta edição destaca um marco para os cultivos integrados em terras canarinhas: está pronta para votação na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) um projeto de lei que incentiva a técnica da aquaponia. Pelo projeto (PLS 162/2015) que zela o uso integrado e sustentável dos recursos hídricos, o produtor que adotar o sistema aquapônico terá prioridade na concessão e renovação de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, além de incentivos fiscais, na forma da lei. O produtor também será fornecedor preferencial da produção aquícola e agrícola dentro do Programa de Aquisição de Alimentos do governo. Além disso, terá acesso ao crédito rural com juros diferenciados. Fantástico, não?
Não somente o setor produtivo reconhece as vantagens da aquaponia, mas os governantes também estão sensibilizados com a causa. Ao menos já é um grande começo, visto que este sistema é relativamente novo quanto sua aplicação comercial. Essa “corrente positiva” se justifica pela inúmeras vantagens produtivas e ambientais, tais como menor uso de terra e de água, ciclagem contínua de nutrientes que são transformados em produtos absorvíveis para as plantas, uso zero ou mínimo de fertilizantes e defensivos, ciclos de plantas mais rápidos que os cultivos convencionais, produtos “ecológico” e com valor agregado, entre muitos outros. No tocante econômico, apesar da falta de dados concretos, certamente a demanda crescente por produtos considerados “amigos do meio ambiente”, ciclos de produção dos vegetais mais rápidos e os produtos com valor agregado (peixes e plantas, com seu devido nicho de mercado) justificam a implementação de projetos.
Imagem de capa: Diversidade produtiva no sistema de aquaponia: peixes, crustáceos e inúmeras espécies de plantas © www.aquaponicfarmingcourse.com
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Maurício Emerenciano é graduado em Zootecnia (UEM), mestre em aquicultura (FURG) e doutor em Ciências pela UNAM (México). Em 2014 foi ganhador da Medalha Alfonso Caso (menção honrosa designada às melhores teses e dissertações dos Programas de Pós-Graduação da UNAM/México). Atua na aquicultura desde 2002 e como pesquisador já realizou cooperação científica em diversos centros de pesquisa como Waddell Mariculture Center (EUA), CSIRO (Austrália) e IFREMER (França). Foi consultor científico em aquicultura para o governo do Chile, do México e Polinésia Francesa (Pôle d’Inovación de Tahiti). Membro do Biofloc Technology Steering Committee (AES), voltado a ações científicas e tecnológicas referentes ao sistema BFT. Possui capítulo de livro referência mundial da tecnologia de bioflocos (Biofloc Technology - The practical guide 3rd edition). Já proferiu mais de 20 cursos e diversas palestras sobre tecnologias “mais verdes” de produção para produtores, indústria e academia no México, Brasil, Chile e Colômbia. Atualmente é professor e pesquisador da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), campus Laguna/SC, onde coordena projetos de pesquisa vinculados ao setor público e privado.
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