A transição da aquicultura extensiva para superintensiva vem ocorrendo nas últimas décadas. Com o aprimoramento das formas de produção mais modernas, é cada vez mais comum a instalação de sistemas de produção superintensivos em terra. A utilização de viveiros revestidos foi o primeiro passo para melhorar o consumo de água e facilitar o manejo de despesca e limpeza entre os ciclos produtivos.

A produção em ambientes fechados é ainda mais vantajosa para os sistemas superintensivos. Com a utilização de uma cobertura é possível isolar fatores ambientais como vento, sol, chuva, calor e frio excessivo, melhorando a gestão do ciclo produtivo. Coberturas também permitem a manipulação do fotoperíodo e das estações o ano, otimizando as condições dos organismos, o que colabora principalmente durante etapas de reprodução, larvicultura e alevinagem.

Aquicultura indoor não é necessariamente sinônimo de altos custos. De acordo com a necessidade, as estruturas podem ser utilizadas para cobrir os tanques totalmente, parcialmente ou somente as unidades de produção. Estruturas mais simples como uma tela sombrite, é capaz de reduz a exposição do sol, diminuindo o aquecimento da água. Estufas plásticas já são capazes de conservar e isolar parcialmente o tanque ou toda a produção dependendo do seu tamanho e forma construtiva. Construções mais amplas e robustas ($$), permitem um condicionamento mais amplo e a construção de megaestruturas com diversos tanques de grande capacidade instalados.

Independentemente se estamos falando de Bioflocos, RAS ou Aquaponia, a produção em sistemas indoor faz parte dos passos para a estandardização da aquicultura otimizada, moderna e mais próxima do mercado consumidor.

Autor: Marcelo Shei - Fundador da Altamar Sistemas Aquáticos Santos, SP shei@altamar.com.br

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