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Empreendedorismo Aquícola
15 de Junho de 2022 André Camargo
Oscilações de mercado e a produção nacional

 

 

É certo que a pandemia trouxe diversos impactos aos setores produtivos do agro brasileiro. Especificamente para a aquicultura, dois impactos foram responsáveis por grandes movimentações no setor, sendo eles, a alta dos preços dos insumos fundamentais e as oscilações de consumo do mercado interno brasileiro.

No que diz respeito à alta dos preços de insumos, o controle escapa de nossas mãos e, portanto, não temos muito o que fazer. Em vários momentos passamos por isso nas últimas duas décadas e sempre o mercado se estabilizou após algum tempo. Nos últimos dois anos, podemos nos certificar de que este problema foi mais grave do que os anteriores, causando inclusive escassez de alguns insumos fundamentais, o que fez com que os fabricantes de ração tivessem extrema dificuldade de acertar suas fórmulas e por consequência um tremendo desafio para a manutenção da qualidade de seus produtos.

O mercado consumidor por sua vez, oscilou de forma imprevisível. No início da pandemia, com as pessoas dentro de suas casas, o consumo de peixes produzidos pela aquicultura se acentuou, causando espanto aos atores do setor que não esperavam. Porém, o tempo foi passando, a renda das pessoas foi diminuindo e a escolha por proteínas de mais baixo custo como o frango, foi tomando espaço das nossas gondolas de supermercado. Por consequência, causou no meio da pandemia uma diminuição nas vendas, um aumento dos estoques dos produtores, aumento do peso médio dos peixes comercializados entre outras.

 

 

 

 

Pronto, quando juntamos os dois pontos acima surgem as grandes dificuldades, principalmente para os pequenos produtores que possuem capital de giro limitado, controles de produção um pouco mais precários e uma dependência extrema do giro do mercado para sobreviver. Qual foi a consequência principal? Os preços começaram a cair e se mantem baixos até a presente data.

Com isso, infelizmente as margens da indústria e do varejo praticamente se mantiveram e o produtor rural que é base da cadeia se sacrificou mais uma vez. Grandes e médios produtores passam por dificuldades neste momento, mas aos poucos vão se adaptando e conseguem atravessar o mau tempo. Já os pequenos produtores, estes têm duas chances: estar vinculado a uma grande indústria ou cooperativa ou estar fadado a fracassar, uma vez que suas reservas são curtas e o longo período de preços altos de insumos aliados ao baixo preço do peixe podem causar problemas irreversíveis.

Felizmente aqueles altos estoques de pescado estão baixando, o Brasil está aumentando suas exportações e com isso aqueles que ainda não pararam conseguem ver a luz no fim do túnel. Essa quaresma promete ajudar bastante o setor e quem sabe no segundo semestre deste ano, por conta da falta de peixes aguardada, possamos viver momentos mais tranquilos.

 

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