Colunas
Da água ao prato
21 de Dezembro de 2021 Juliana Antunes Galvão
Todo dia é dia de pescado!

Com uma costa de 8.500 km de extensão, abrigando um montante significativo quanto as reservas de água doce do mundo, clima favorável ao desenvolvimento de muitas espécies e matérias primas diversas para elaboração de ração, a cadeia produtiva do pescado no Brasil está em franca ascensão através da criação de organismos aquáticos. Cadeia se estruturando, crescendo de forma consistente, as perspectivas são extremamente positivas.

 

 

 

 

 

O consumo mundial de pescado está projetado para aumentar em 31 milhões de toneladas na próxima década para chegar a 178 milhões de toneladas em 2025. 21,5 kg/hab./ano é uma das projeções feitas pela FAO para 2030, puxado por países como Japão e China com 60-40 kg/hab./ano. O Brasil com seus 9,5 kg/hab./ ano tem tido incremento considerável de consumo nos últimos anos, mesmo com diferenças significativas quando consideramos as diferenças regionais que nosso país apresenta.

Não podemos afirmar que o consumo de pescado não está enraizado em nossa história, fazendo parte da cultura do país, vide nossa ancestralidade indígena, onde o pescado é presença certa no dia a dia dos pratos indígenas, e nossa colonização portuguesa, povo este, desbravadores dos mares e grandes consumidores de pescado.

 

Afinal o que houve conosco?

Historicamente não desenvolvemos esta importante cadeia produtiva como deveríamos e poderíamos. Por outro lado, nosso país apresenta algumas particularidades como o oferecimento de uma gama de diferentes proteínas de origem animal, fruto de cadeias produtivas fortemente consolidadas. Em muitas residências, o brasileiro não tem o hábito de preparo, nem sabe como preparar o pescado em casa, preferindo consumi-lo em bares e restaurantes. Primeiramente é preciso informar ao consumidor, o quão distinta é a proteína do pescado em relação as outras proteínas de origem animal. O pescado apresenta excelente qualidade proteica em termos de quantidade e qualidade de aminoácidos, com alta digestibilidade e valor biológico. É fonte considerável de lisina comparado com outras fontes proteicas de origem animal. Em relação a quantidade calórica, e qualidade de lipídeos e proteínas, devido a diversidade de espécies e consequentemente de composição quanto aos nutrientes, sempre teremos uma espécie que se adeque ao plano alimentar e cardápio do consumidor, alcançando os distintos objetivos nutricionais. Estudos realizados em diversos países demostram associações entre consumo de pescado e prevenção de síndrome metabólica, diminuição de incidência de acidente vascular, diminuição da probabilidade de desenvolvimento de sintomas depressivos, Alzheimer, câncer gastrointestinal.

 

 

 

 

 

Pescado é saúde!

Uma importante iniciativa para incentivar o consumo é a Semana do Pescado, que prioritariamente nasceu de uma iniciativa governamental devido as próprias demandas do setor, no intuito de ser uma segunda Semana Santa para o segundo semestre do ano, objetivando alavancar o consumo e consequentemente as vendas. Em sua 18° edição, hoje a Semana do Pescado que não é semanal e sim quinzenal, é um evento organizado pelas entidades nacionais no mês de setembro, apoiado pelas instâncias governamentais, sendo uma articulação do setor produtivo, varejo e restaurantes. Nosso pescado precisa ir além da Semana do Pescado e atingir diferentes nichos de mercado, chegando a todas as mesas. Dos entraves para o consumo de pescado, o consumidor elenca em muitas pesquisas fatores como qualidade, preço, hábito, praticidade, entre outros. Hoje há uma fatia de mercado com consumidores com conhecimento e consciência de consumo, exigindo uma cadeia que esbanje transparência e confiança. O consumidor está focado em sensorialidade e prazer, buscando alimentos premium, étnicos e gourmet; saudabilidade e bem estar buscando produtos de baixo valor calórico, energéticos e enriquecidos nutricionalmente; convenientes e práticos com a facilidade dos prontos para o consumo; confiáveis e de qualidade com garantia de origem, selos que diferenciem o produto e qualidade; sustentáveis e éticos com embalagens recicláveis e certificações que atestem seus processos.

As tendências de consumo sofreram alterações devido a pandemia, mudanças estas que vieram para ficar como as compras on line, sendo necessário que o mercado se adapte a todas as demandas que vem surgindo.

Temos um longo caminho pela frente para atingirmos nossos objetivos como cadeia produtiva, para que não sejamos lembrados apenas durante uma, ou duas semanas do ano, porque “Dia de Pescado é Todo Dia!"

 

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