Independente da espécie ou do sistema de produção, movimentar ou transportar a água é uma necessidade contínua na maioria dos sistemas de aquicultura mais atuais. Em um sistema de recirculação (RAS), o sistema de bombeamento é uma etapa fundamental, possibilitando que a água circule continuamente entre as diferentes etapas de tratamento e os tanques de cultivo. Nessa edição irei abordar alguns aspectos básicos que devem ser considerados na seleção, instalação e manutenção desse processo.
Demanda e energia: como o processo de bombeamento de água opera de forma ininterrupta e requer uma quantidade substancial de energia, a seleção do equipamento e instalações adequadas são importantes para manter os custos operacionais mais baixos possíveis. A demanda de bombeamento é conhecida a partir da soma da elevação total necessária, da perda de carga da tubulação, das conexões e equipamentos que estiverem nessa linha e da vazão requerida no sistema. A partir dessas informações, podemos fazer a seleção do tipo e modelo de motobomba que atenda essas condições com o menor consumo elétrico possível.
Instalação: quanto as motobombas centrífugas externas (instaladas fora da água), apesar de existirem modelos auto escorvantes, o ideal é que a água chegue até a motobomba por gravidade, conhecida como “sucção afogada”. Desse modo, a motobomba opera com maior eficiência, sem a necessidade de puxar a água que será bombeada. As bombas auto escorvantes são utilizadas em locais aonde não é possível utilizar um modelo submerso ou uma instalação afogada. Essas motobombas possuem um reservatório acoplado que fica permanentemente preenchido de água e garante a partida do sistema quando a motobomba está acima do nível de água.
Prevenção de problemas: por esse ser um equipamento crítico em um RAS, o recomendado é que ele seja instalado com um outro reserva ou opere com dois ou mais equipamentos em paralelo. Essa estratégia visa garantir que mesmo com a falha
de um equipamento, exista outro para que o sistema continue a funcionar, diminuindo as chances de falha. O uso de inversores de frequência permitem ajustar a velocidade dos motores, otimizando a relação entre pressão, vazão e consumo elétrico. A operação em velocidades mais baixas também diminui o desgaste do selo mecânico e do motor.
Manutenção: O ideal é que as motobombas sejam instaladas sempre com válvulas, e uniões, permitindo que o equipamento seja desconectado facilmente para a manutenção. Válvulas de retenção também podem ser usadas para evitar acidentes, principalmente em bombas instaladas em paralelo. Também é recomendado que a cada seis meses os equipamentos passem por uma revisão, principalmente nos rolamentos e selos mecânicos, isso aumentará a vida útil dos equipamentos e evitará surpresas desagradáveis.
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Marcelo Shei é Biólogo Marinho, Doutor em Aquicultura pela FURG. Fundador da Altamar Equipamentos Aquáticos, empresa que atua na distribuição e desenvolvimento de equipamentos para bombeamento, filtração, desinfecção de água para Aquicultura. Em campo, possui experiência em larvicultura de organismos aquáticos, principalmente peixes marinhos, organismos-alimento e espécies ornamentais.
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