As instalações que envolvem produção de formas jovens (reprodução, incubação de ovos e larvicultura), produção de fito e zooplâncton ou que permitem altas densidades de estocagem, como os sistemas de recirculação, são as que exigem um maior controle quanto a qualidade de água e a presença de organismos patogênicos. Para esses casos, métodos de desinfecção são altamente recomendados a fim de manter níveis controlados desses organismos indesejados.
Para redes de abastecimento, um dos métodos mais populares e tradicionais, é a utilização de cloro. O cloro é um oxidante de fácil acesso, utilizado amplamente à décadas. No caso da água de abastecimento, seu uso exige a instalação de um ou mais reservatórios para que a água a ser tratada seja “clorada” por um período (normalmente horas) à uma concentração determinada e posteriormente “desclorada” para que possa ser utilizada. Os métodos mais atuais utilizam a radiação por Ultra-Violeta (abordada na última edição) ou gás ozônio (O3), que permite fazer esse processo de forma rápida, contínua e nos próprios sistemas onde são mantidos os animais.
O ozônio é um oxidante bastante poderoso, muito mais forte do que o cloro. Gerado no local a partir do oxigênio atmosférico, o O3 tem uma vida média bastante curta, com duração de apenas alguns minutos, retornando rapidamente para O2. Normalmente, a produção ocorre através de um processo chamado descarga corona, onde ar ou oxigênio puro passa através um campo elétrico de alta voltagem. Menos difundido, o O3 também pode ser produzido por um tipo específico de luz UV-C.
Assim como a desinfecção por UV-C, o dimensionamento deve ser feito através do cálculo de dosagem. A maioria dos patógenos são removidos com doses de 0,1 - 1,0 mg/L com tempo de contato de 0,5 a 10 minutos, variando de acordo com a espécie. A medição da concentração do O3 pode ser feita através de análise química da água, no entanto, o mais comum é a medição indireta, através do potencial de óxido-redução (ORP), utilizando uma sonda para a leitura do nível de oxidação na água. Nesse caso, a dose de desinfecção pode ser definida através de uma relação entre o nível de ORP e o tempo de contato.
A aplicação pode ser feita através de um venturi, no entanto a eficiência é maior quando realizada no Protein Skimmer ou um tanque de dissolução dedicado. Quando dissolvido na água da-se início a duas reações, a oxidação direta de substâncias orgânicas pelo O3 e a formação de radicais livres de hidroxila (OH-). O ozônio age através da danificação das membranas celulares e do ácido nucleico, quebrando cadeias moleculares longas em formas simples, e consequentemente inativando os microorganismos.
A Altamar possui capacidade de dimensionar e fornecer geradores e métodos de dissolução de Ozônio que podem ser aplicados em sistemas de recirculação e estações de tratamento de diversas capacidades. Conheça.
Marcelo Shei é Biólogo Marinho, Doutor em Aquicultura pela FURG. Fundador da Altamar Equipamentos Aquáticos, empresa que atua na distribuição e desenvolvimento de equipamentos para bombeamento, filtração, desinfecção de água para Aquicultura. Em campo, possui experiência em larvicultura de organismos aquáticos, principalmente peixes marinhos, organismos-alimento e espécies ornamentais.
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