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01 de Agosto de 2018 Aquaculture Brasil
Trinta anos do Programa de Pós-Graduação em Aquicultura da Universidade Federal de Santa Catarina

O Programa de Pós-Graduação em Aquicultura (PPGAQI) da Universidade Federal de Santa Catarina teve início em 1988 com seu curso de mestrado, o primeiro programa stricto sensu de cultivo de organismos aquáticos da América Latina. Trinta anos se passaram e, hoje, o PPGAQI oferece, além do mestrado, o curso de doutorado (criado em 2005). De lá para cá, o Programa já formou 436 mestres e 85 doutores, sendo que a grande maioria atua diretamente em importantes instituições brasileiras e estrangeiras na área de Aquicultura e Recursos Pesqueiros.

Falar dos trinta anos da nossa pós-graduação equivale a falar das pessoas que fizeram possível seu nascimento, crescimento e consolidação. Nos referimos aos coordenadores, professores, alunos e pessoal técnico-administrativo, cujo esforço, muitas vezes hercúleo, garantiu que o Programa alcançasse, em 2010, o seu atual status de excelência (CAPES 6). O histórico, a infraestrutura e a qualidade das pessoas envolvidas colocam o Programa numa posição privilegiada para aspirar a progressão para o nível CAPES 7, com o qual a nossa pós-graduação irá se igualar aos melhores programas stricto sensu do Brasil. O PPGAQI é considerado um dos programas mais completos dentro da área de aquicultura por desenvolver pesquisas com praticamente todos os organismos aquáticos: microalgas, macroalgas, moluscos, camarões, peixes marinhos e de água doce, além de peixes ornamentais.

 

 

 

 

Só em 2017 foram produzidas 24 dissertações de mestrado e 14 teses de doutorado em cinco linhas de pesquisa:

  • Reprodução e larvicultura;
  • Tecnologias e sistemas de produção;
  • Manejo e conservação de ecossistemas aquáticos;
  • Nutrição e alimentação;
  • Patologia e sanidade.

A grande maioria das pesquisas tem sido publicada sob a forma de artigos científicos em periódicos com elevada qualificação. O Programa contou, ainda em 2017, com nove bolsistas de pós-doutorado, parte deles dentro da cota do Programa Nacional de Pós-Doutorado e outra parte de projetos CAPES e CNPq. Desses nove bolsistas, cinco possuíam formação em Instituições distintas da UFSC: Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Rio Grande, Universidade Federal de São Carlos e Universidade Federal de Santa Maria.

O profissional formado no PPGAQI tem uma visão ampla do setor, que vai além dos temas abordados nas dissertações e teses. Graças às pesquisas e tecnologias geradas pelo corpo docente e discente, o Estado de Santa Catarina é destaque em todas as áreas de aquicultura, servindo de modelo nacional e internacional; prova disso são os diferentes prêmios nacionais (Destaque Pesquisador UFSC, Prêmio UFSC de Tese, Prêmio CAPES de Tese, Prêmio Fundação Bunge, Prêmio Expressão de Ecologia) e internacionais (Prêmio Von Martius de Sustentabilidade Brasil-Alemanha, Alltech Young Scientist Award) que os docentes e discentes receberam nos últimos anos.

Atualmente, o Programa conta com dezenove docentes, todos permanentes, cuja qualidade científica pode ser evidenciada pelos quinze bolsistas de produtividade em pesquisa (PQ) do CNPq, sendo que três deles possuem bolsa PQ Nível 1 e, os outros doze, bolsas PQ Nível 2, que em conjunto representam 83,3% do corpo docente. Além disso, os professores do PPGAQI participam de dezenove grupos de pesquisa cadastrados e certificados no CNPq, e estão desenvolvendo 44 projetos com oito financiadores principais, entre instituições de fomento públicas e iniciativa privada.

 

 

 

 

Comemoração aos 30 anos

De 15 a 17 de agosto de 2018, no Hotel Mercury (Itacorubi, Florianópolis), o PPGAQI comemorou seus trinta anos de existência com o evento “Revolução Azul no Brasil: Aquicultura em 30 anos”. Cabe destacar a participação no evento do ex-reitor da UFSC Álvaro Toubes Prata (MCTIC), Wilson Wasielesky Jr. (FURG), Luis H. S. Poersch (FURG), Wagner C. Valenti (UNESP), Felipe Matias (FAO), Luiz E. Pezzato (USP), Silas C. da Silva (ESALQ) e dos ex-alunos do Programa, entre eles Aliro Borques, primeiro discente formado no mestrado e atual reitor da Universidade Católica de Temuco (Chile), Walter Vásquez Torres, coordenador da Pós- -graduação em Ciências Agrárias da Universidade de Los Llanos (Colômbia), Sérgio W. da Costa (EPAGRI), Juan Esquivel García (Piscicultura Panamá), Alex A. dos Santos (EPAGRI) e Rafael Luiz da Costa (ABEAQUI).

No evento foi homenageada a figura mais emblemática da nossa pós-graduação, o técnico-administrativo Carlito Aloisio Klunk, secretário do Programa desde os tempos em que a pós-graduação era uma especialização lato sensu, a qual funcionou de 1986 a 1987. Lembramo-nos disso porque em 1986, ano da última passagem do cometa Halley, um dos que subscrevem este artigo fazia parte da primeira turma do curso, cujo coordenador era o Prof. João Bosco Rosas Rodrigues. A especialização serviu para lançar em 1988 o curso de mestrado, sob a coordenação do Prof. Santo Zacarias Gomez (1988-1992). Desde então, vários professores do Departamento de Aquicultura ocuparam o cargo, os quais destacamos por ordem cronológica:

 

1992-1996 Annia T. Bessanesi Poli

1996-1998 Jaime Fernando Ferreira

1998-2000 Vinícius R. Cerqueira

2000-2002 Jaime Fernando Ferreira

2002-2006 Débora Machado Fracalossi

2006-2010 Cláudio M. Rodrigues de Melo

2010-2012 Evoy Zaniboni Filho

2012-2017 Alex Pires de Oliveira Nuñer

2017-2019 Leila Hayashi

 

Conclusão

"No referente aos desafios que o PPGAQI em particular, e a aquicultura em geral, terão de enfrentar nos próximos anos, os palestrantes convidados foram unânimes em apontar a necessidade de criar e desenvolver tecnologias mais sustentáveis, que priorizem a inclusão social e a preservação do meio ambiente."

Esperemos que em 2062, na próxima passagem do Halley, levando em consideração o número atual de egressos, o PPGAQI tenha ultrapassado a marca das 1.500 teses e dissertações defendidas e publicadas. Esperemos também que, nesse ano, a aquicultura supere em várias vezes a atual produção, que a faça de forma sustentável e inclusiva, e que cada um dos 10 bilhões de seres humanos desse futuro próximo possa usufruir dos benefícios diretos do consumo de produtos aquáticos cultivados.

 

Autores:

Leila Hayashi

Débora M. Fracalossi

Luis Vinatea Arana

Programa de Pós-Graduação em Aquicultura

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Florianópolis, SC

ppgaqi@contato.ufsc.br

 

 

 

 

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